Para a Lenço de Seda-CECAB férias é tempo de brincar e fazer arte. Assim, no período de 14 a 29 de julho/2007 foram realizadas diferentes oficinas de arte, jogos e brincadeiras tais como: Dobradura, Teatro, Mandala, Reciclagem de Papel, Papel Machê, Jogos e Brincadeiras populares, Dança Contemporânea, Cinema no Muro, Capoeira Angola, Fabrico de Berimbau, Samba de Roda, Afoxé, Dança Afro, Artesanato, Maculelê.
Essas atividades foram disponibilizadas gratuitamente à comunidade e realizadas em parceira com diferentes grupos e agentes culturais dentre os quais a Companhia de Dança Hibridus; o Grupo de Teatro Tralha; além de educadores e dos capoeiristas membros da Lenço de Seda-CECAB.
Esse evento compõe as atividades de comemoração dos 30 anos da Lenço de Seda-CECAB.
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Em prosseguimento às comemorações de 30 anos da Lenço de Seda/CECAB foi realizada, no período de 14 a 24 de novembro de 2007, a “Semana da Cultura Afro-brasileira”. Esse evento possibilitou a educadores, agentes culturais e comunidade em geral, vivenciar manifestações da cultura afro-brasileira, trocar experiências e refletir sobre os desafios e possibilidades que a implantação da lei 10.639 propicia para a pedagogia brasileira, assim como fundamentar ações futuras.
Nesta semana foi disponibilizada à comunidade a Exposição “Mostra do Acervo CECAB”, na qual foram expostas fotos, literatura, técnicas pedagógicas, trabalhos infantis, artigos e produções cientificas que retratam experiências do CECAB, referentes inclusive acerca de 80 parcerias estabelecidas, desde 1984, com creches, escolas, universidades e ONGs no Brasil e no exterior
Além da exposição, o evento contou com outras atividades tais como: Oficina de Maculelê, de Dança Afro, de Capoeira Angola, de Samba de Roda, de Samba Reggae; Rodas de Capoeira; Cinema no muro com exibição dos filmes “Os filhos do Rosário”, “Monarquia Siderúrgica”; Painel aberto de experiências realizadas com diretores, professores, agentes culturais, grupos organizados e demais interessados na cultura de matriz afro-brasileira; Lançamento do Projeto: “Resgate de Memória Oral”, pesquisa de memória com diretores, educadores e parceiros em experiências já realizadas e afeitas à lei 10.639.
A comunidade participou através de visitas de crianças e adolescentes de Escolas Estaduais de Timóteo, da presença de diretores/as, professores/as de escolas da Rede Pública de Ensino, de professores/as e estudantes universitários, além de público em geral.
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Oficina de conservação e seleção de documentos para a exposição da Semana da Cultura Afro-Brasileira. Na foto Pepinha e Tecão no momento da reunião para definir diretrizes da exposição promovida pela Associação de Capoeira Angola/CEC AB.
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Semana da Cultura Afro-Brasileira promovida pela Associação de Capoeira Angola/CECAB. Na foto imagem da releitura do Livro Aguemon, Literatura da Cultura Afro-Brasileira, produzida por uma aluna do Projeto Sim às Diferenças da escola Estadual “Capitão Egídio Lima”.
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Exposição da Cultura Afro- Brasileira na sede da lenço de Seda/CECAB, na foto Bandeira do Bloco Caricato Deixeu Fala.
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Em uma primeira aproximação, a conexão capoeira-educação parece um tanto inusitada, pois, a capoeiragem possui uma forma de organização muito diferente da lógica escolar: enquanto na sala de aula os espaços são lineares, com lugares demarcados, na capoeira há circularidade, flexibilidade temporal e espacial. Se na sala de aula a ordem é o silêncio, a capoeira implica em som, ritmo, movimento. Enquanto a organização escolar pressupõe processos individuais, em que cada um é responsabilizado por seu sucesso ou fracasso, a capoeira se efetiva de forma eminentemente coletiva, articulando universos da dança, música, ancestralidade, espiritualidade, corporalidade e síntese.
Enfim, no encontro entre educação e capoeira, é fundamental considerar que a capoeiragem introduz no espaço escolar diferenças substanciais nas formas de relações e de produção de saberes, com emergência de maior movimento, ludicidade e liberdade. Nas palavras de mestre Reginaldo, a capoeira é uma escola, que contém inumeráveis elementos potencializadores do desenvolvimento e da evolução daqueles que a pratica. No encontro com a educação essa potencia se amplia.
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Na experiência da Lenço de Seda, a conexão com a escola efetiva-se desde 1984. A articulação entre capoeira e educação oferece ganhos inestimáveis para o desenvolvimento evolutivo de quem a pratica. Porém, é importante por parte dos educadores, cuidado e atenção. Mestre Reginaldo aponta o perigo de uma “pedagogização” da capoeira. Dito de outro modo, uma prática que enquadre a capoeiragem conforme o tempo e a dinâmica escolar, com objetivo de utilizá-la somente “como instrumento de socialização, como instrumento de lazer, como mecanismo para queimar a energia dos meninos mais agressivos” (Mestre Reginaldo Véio).
Destacamos que a capoeira, especialmente a Angola, introduz no espaço escolar diferenças metodológicas nas formas de relações e de produção de saberes, com emergência de maior movimento, ludicidade e liberdade, em uma prática eminentemente corporal e coletiva. ( Fonte: Capoeira: movimento e malícia em jogos de poder e resistência.)
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Projeto Cultural desenvolvido pela Associação de Capoeira Lenço de Seda que objetivou promover o resgate das raízes da capoeira. Foi desenvolvido a partir de novembro 1995 quando a Associação fez uma opção metodológica e filosófica em direção à Capoeira Angola, a Capoeira Mãe, e seu encerramento se deu em dezembro de 1999 com um grande evento apresentação de pesquisas, debates, painéis e palestras no “I Congresso Regional a Cultura Afro Brasileira no Terceiro Milênio”. Mestre Gildo Alfinete, Mestre Moa do Katendê além da pesquisadora Karla Leal Luz, mestres e capoeiristas da região e de Curitiba valorizaram o evento.
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Recurso constante na pratica do CECAB Lenço de Seda os Seminários Pedagógicos, dirigidos a educadores ou agentes culturais buscam uma reflexão sobre as correntes pedagógicas mais significativas como Paulo Freire, Vigotski, Piaget e outros além de problematizar os desafios da educação e os instrumentos para sua superação.
Os Seminários Pedagógicos são ferramentas essenciais para a formação e sensibilização de educadores, muitos deles sem nenhuma oportunidade anterior para refletir sobre o papel da cultura na formação do educando bem como avaliar conquistas do educando em atividades não filiadas às regras habituais de avaliação escolar formal.
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Recurso de formação praticado pela CECAB para trabalhos com grupos, lideranças, agentes culturais, professores e gestores. São habitualmente mesclados de praticas e vivências corporais que visam capacitar o individuo para o exercício de seu potencial de sujeito consciente de sua história e de seus propósitos sociais. Nos projetos de parceria com escolas contribui para a formação do professor na compreensão da essência e das singularidades próprias de nossa cultura e pressupostos de nossa felicidade através de vivências e experienciações de práticas culturais.
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