Chamada de pipa, papagaio, cafifa, arraia, pandorga, pepeta, quadrado,curica ,cangula, lebreque, tokô e outros. Inventada pelos chineses utilizada por militares, como sinalizadora de tropas inimigas mais tarde passa a fazer parte das brincadeiras lúdicas das crianças chinesas confeccionadas com tecido de seda e varetas de bambu.
Chegou ao Brasil por meio dos colonizadores portugueses e chegou a ser usada no Quilombo dos Palmares como sinalizadora de perigos.
A Pipa pode ser um grande referencial para as práticas pedagógicas, pois são infinitas possibilidades no processo de construção do conhecimento, de significados de formação e de desenvolvimento de cidadania como:
* Preservação de uma prática cultural
* Conhecimentos de Física
* Conhecimentos matemáticos
* Exercício do movimento
* Atenção
* Concentração
* Imaginação
* Memória
* Tomada de decisão
* Percepção visual
* Responsabilidade
* Segurança
* Artes
* Literatura
Um objeto de prazer na infância pode ser um suporte articulado às áreas de conhecimento, com uma abordagem mutildisciplinar de ensino, com a perspectiva do desenvolvimento humano.
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O Saci, ou Saci-pererê, é um personagem bastante conhecido da mitologia brasileira, que teve sua origem presumida entre os indígenas da região de Missões, no Sul do país. A mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também a cultura africana do pito, uma espécie de cachimbo e da mitologia européia, herdou o pileo, um gorrinho vermelho.
Considerado uma figura brincalhona, que diverte-se com os animais e pessoas, criando dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assobios, o mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII. O saci não tem amigos, vivendo solitário nas matas.
Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos.
Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformarão em mais uma vítima de suas travessuras.
Através da preservação da cultura oral esse mito vai se perpetuando e é um personagem muito lembrado na literatura, na televisão e nas histórias em quadrinhos.
Com a transposição dos textos de Lobato para a Televisão, o Saci deixou o imaginário para ser personificado numa figura de carne e osso no Sítio do Pica Pau Amarelo e também nos eventos culturais realizado pela Associação de Capoeira Lenço de Seda/CECAB.
No dia 31 de outubro comemora-se o Dia do Saci.
Leia o texto completo de “Saci-Pererê”
A Escola Estadual “Capitão Egídio Lima” é uma escola que tem vivenciado experiências inovadoras, inclusive no processo de condução das decisões da escola que tem se pautado pelo caráter democrático, levando a um maior amadurecimento do seu corpo de docente.
Há 24 anos, vem desenvolvendo Projetos voltados para a Cultura Afro-Brasileira, sempre com ênfase na Capoeira de Angola em parceria com a Associação de Capoeira “Lenço de Seda/CECAB.
O Projeto Sim às Diferenças procura viabilizar os conhecimentos da Cultura Afro-Brasileira e Africana proporcionando ao educando um saber plural, contribuindo para a transformação de atitudes como a aceitação da cor que cada um carrega consigo e a valorização da história que nos foi legada.
Foi elaborado com o propósito de experienciar outras formas do fazer, sem perder o objetivo da formação integral do aluno e aluna do Ensino Fundamental, atrelando aos conteúdos específicos ações prazerosas e desafiantes.
A Escola Estadual Capitão Egídio Lima, sintonizada com o contexto sócio-político e cultural, tem desenvolvido suas ações de forma ousada, procurando fazer com que o processo de ensino-aprendizagem não seja estático, mas renovador e em constante evolução.
O Projeto Sim às Diferenças contextualiza os conteúdos curriculares num processo de envolvimento coletivo e participação efetiva do educando na construção do conhecimento formal, considerando os alunos e alunas do Ensino Fundamental sujeitos de direito, exercendo o direito de aprender e de ampliar seus conhecimentos.
O propósito é fazer com que os alunos compreendam as relações sociais étnico-raciais de que participam tornando-se capazes de continuar, de reconstruir, de aprofundar estudos e práticas em diferentes níveis de formação. Visa ainda promover uma alteração positiva junto aos educandos do Ensino Fundamental aos perversos efeitos de séculos de preconceito e discriminação.
Através da parceria com a Associação de Capoeira Lenço de Seda/CECAB o foco do projeto é a Arte-Educação, através das aulas de Capoeira Angola e Danças Afro, buscando articulações com o estudo da Arte e da História do Brasil, preconizando a valorização das tradições culturais locais, num processo de atualização e adaptação às necessidades da comunidade. Assim, em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais e com os conteúdos formais do Ensino fundamental, procura dialogar com as disciplinas e os componentes curriculares propostos, conforme preconiza a Lei 10.639.
O Projeto tem um formato que procura atender a todas as turmas da escola. Além das aulas de Capoeira Angola e Dança Afro, o currículo oferece oficinas semanais organizadas da seguinte forma: Culinária, História, Literatura e Artes.
Na Culinária: Pesquisa sobre a culinária afro-brasileira.
Oportuniza aos alunos e alunas momentos de confecção de pratos como feijoada, aluá, inhame com peixe, cuscuz, fubá suado, broa, etc. As receitas pesquisadas se integram ao cardápio da merenda escolar no dia da Oficina.
Na História: Realização de pesquisas e estudos sobre o percurso realizado para a chegada do negro no Brasil. Como os negros eram “distribuídos” após a comercialização nos mercados, as etnias e seus hábitos; Estudo das cores que representam a cultura afro.
Artesanato: Confecção de adereços próprios da Cultura Afro-Brasileira, fabrico de berimbau, pandeiros e xiquexique.
Na Literatura: Leitura coletiva e individual de livros voltados para a Cultura Afro-Brasileira Oportunidade para estabelecer um diálogo entre alunos e alunas sobre a discriminação sempre sensibilizando para a aceitação e convívio com a alteridade. Leitura de poesias de vários escritores que se dedicaram a escrever sobre a vida do negro no Brasil. .Castro Alves, Solano Trindade e outros.
Nas Artes:
Estudo das obras do Carybé, um artista singular desenhava como ninguém os movimentos da Capoeira e o cotidiano do povo brasileiro, especificamente do negro Além de Carybé, estudo das obras de Lasar Segall, Debret, Rugendas e Tarsila do Amaral.
O Projeto “Angola a Dois”
O projeto “Angola a Dois integra-se ao Projeto “Sim às Diferenças” E foi proposto por Mestre Reginaldo Veio. Consiste na realização de oficinas de Capoeira Angola e Dança Afro-Brasileira com participação espontânea dos alunos. Além das aulas, uma vez por semana, vivenciamos um momento coletivo na quadra da escola para ouvirmos Mestre Reginaldo Veio contando histórias do negro no Brasil, lendas Africanas, canto de Ladainhas, corridos e cantigas de Roda, , além de aulas de Maculelê, Samba Reggae e a Ginga da Capoeira.
Depoimentos:
“Esse projeto é uma oportunidade única para refletir sobre as raízes do povo brasileiro, principalmente sobre a raça negra historicamente inferiorizada pela sociedade. Despir-me de preconceitos inconscientemente enraizados é um processo de crescimento pessoal. Diante disso, creio que cresci como ser humano diante dos questionamentos, das constatações feitas no cotidiano da escola. O preconceito racial é muito comum na sociedade brasileira, porém de forma sutil e velada, vemos nesse preconceito e outros mais serem discutidos diariamente em programas de televisão e de rádio, em colunas de jornais e revistas; e passam, até em livros didáticos que enfatizam e ditam como modelo de beleza e sucesso as pessoas de pele branca e olhos claros. O Brasil é um país mestiço, de maioria negra e, entretanto o brasileiro tem uma imagem negativa de si mesmo de sua raça. Como isso é possível?
Sendo a Escola o lugar propício a questionamento, reflexões, inquietações que geram mudança, com sua contribuição; acredito que no futuro as diferenças servirão para unir a pessoas e não desagregá-las e certamente seremos mais felizes vivendo num país mais justo, igualitário, orgulhoso de suas cores e gentes.”
(Professora da Turma Verde – Matutino – 2006)
“Eu aprendi muita coisa do projeto afro-brasileiro. Que não devemos discriminar os negros porque o jeito que o branco é, o negro é também. Modo de sentir, falar agir são iguais, só muda é a cor da pele.”
(Aluna da Turma Lilás – Matutino – 2006)
“Na tentativa de encontrar alternativas para solucionar os desafios pedagógicos, humanos e sociais emergidos do cotidiano escolar, a escola abraçou o Projeto da Professora Maria Luíza Flor Pereira que estava obtendo excelentes resultados em sua turma e o ampliou incluindo diferentes formas de não discriminação dizendo “Sim às Diferenças”.
Buscamos no trabalho com a diversidade melhoria do nível pedagógico da escola, das relações interpessoais, diminuição da agressividade, do preconceito e ampliação da competência do trabalho coletivo na escola.
A história da Escola Estadual “Capitão Egídio Lima” hoje se divide em duas fases distintas; antes do projeto onde predominava o trabalho individual e o conflito de relações e hoje onde as diferenças e preconceitos são tratados de forma aberta e amadurecida. Como saldo colhemos a cultura valorizada a predominância do diálogo em nível pedagógico, social e humano e consequentemente a melhoria em todos os níveis da escola.”
(Diretora Sônia Melo)
ENSINAR É A ARTE DE FAZER JUNTO
JUNTOS NA BUSCA
NO APRENDIZADO
NOS DESAFIOS
SER UM APRENDIZ
AO LADO
NA CONSTRUÇAO DO SABER
NA CAMINHADA COLETIVA
SEMPRE
Luíza Flor
Leia o texto completo de “Sim às Diferenças”
A tradição das bonecas vem desde o Egito dos faraós. Naquela tradição eram bonecas de braços moveis, peruca de cabelos naturais, às vezes acompanhadas de pequenas casas com minúsculas mobílias. Os gregos e os romanos faziam bonecas de madeira ou marfim, com articulações de couro ou tecido.
Na arte popular brasileira é muito comum a confecção de bonecas de pano como a Boneca Abayomi que surgiu no movimento de mulheres negras do Maranhão, tendo sido criada por Lena Martins que buscava na arte popular um instrumento de conscientização e sociabilização.
As bonecas Abayomis são negras feitas com sobras de tecido que são amarrados resgatando a forma mais singela do fazer artesanal , sem uso de costuras e o mínimo de ferramentas. Também constrói-se as bonecas com papel crepom por ser bem flexível. Util em cursos de formação e oficinas com crianças e adolescentes . São inspiradas em personagens de reconhecimento popular como dos contos de fadas, circo, orixás, congado os reis magos entre outros.
Através das Bonecas Abayomis busca-se o fortalecimento e o reconhecimento da identidade afro-brasileira além disto permite à criança ou adolescente construir o seu próprio objeto estímulando a fantasia.
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Essa brincadeira veio da Europa trazida pelos colonizadores portugueses. Até hoje é muito comum entre as crianças brasileiras, como forma de preservação da cultura e do folclore.
Como brincar: JOGADORES: 3 ou mais crianças.
LOCAL: ao ar livre.
INSTRUÇÕES: Sortear uma das crianças para ser a cabra-cega. As demais crianças devem formar um círculo com as mãos dadas. A criança que será a cabra-cega deve ficar dentro do círculo com os olhos vendados. O jogo começa com todas as crianças perguntando à cabra-cega. Cabra-cega de onde vieste? Do moinho de vento. Que trouxeste? Fubá e melaço. Dá-nos um pouquinho? Não. Então afasta-te. Nesse momento todos devem soltar as mãos e espalhar-se fugindo da Cabra-Cega. Devem desafiar a Cabra-Cega sem tocá-la.
A Cabra-Cega ouvindo os desafios deve tentar tocar um dos participantes. Quando conseguir, aquele que foi tocado se tornará a Cabra-Cega e começa tudo de novo. Essa brincadeira sempre foi muito concorrida na Festa da Criança/Pasárgada/CECAB.
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As Danças Folclóricas são as expressões populares desenvolvidas em conjunto ou individualmente, em rodas, às vezes em fileiras e são preservadas pela repetição. Vão sofrendo alterações com o tempo, mas os passos básicos e a música assemelham – se ao estilo original. As Danças Folclóricas desenvolveram como parte dos costumes e tradições de um povo e são transmitidas de geração em geração. No Brasil são várias como: frevo, catira, maculelê, reisado brasileiro, samba, maracatu, quadrilha,congado, festa do rosário,dança da fita e entre outras.
A Associação Cultural Pasárgada / Centro de Estudos da Cultura Afro-Brasileira em seus projetos pedagógicos de parceria escola, eventos,oficinas,assessorias e cursos de formação garante a preservação das manifestações folclóricas e vivências das manifestações, proporcionando a interação, o conhecimento, novos saberes, a socialização e ainda a preservação e continuidade de um acervo cultural.
Leia o texto completo de “Danças Folclóricas”
Um personagem popular presente no imaginário principalmente das crianças e elemento comum nas histórias infantis garantindo assim a preservação dos contos populares.
Na Festa da Criança Pasárgada /CECAB a bruxa esteve sempre presente nas divulgações em escolas, creches, assim como nos eventos públicos realizados em Timóteo.
Leia o texto completo de “Bruxa”
Festa folclórica de origem portuguesa que comemora o nascimento de Jesus. Nessa festa as pastorinhas usam chapéus de palha, blusas brancas, saias xadrez, arcos e cestinhas de flores; dançam uma coreografia específica para a apresentação diante do presépio. A dança não se restringe a lugares fechados , as Pastorinhas desfilam pelas ruas da cidade, cantam marchas em louvor ao Menino Jesus envolvendo a população na brincadeira. Essa manifestação popular ainda sobrevive em alguns municípios do Brasil.
Leia o texto completo de “As Pastorinhas”
Na Festa da Criança Pasárgada apresentam-se grupos artísticos do município e da região.
Uma presença de sucesso garantido sempre foi a da família Brasinha.
Brasinha e sua Turma completava a alegria da criançada com apresentações de malabares, danças, mágicas, canto e brincadeiras. Uma família de palhaços mambembes que por muitos anos animou os eventos e festas populares de Timóteo e da região.
Leia o texto completo de “Brasinha e sua Turma”
O Bumba Meu Boi é uma das mais ricas representações do folclore brasileiro. Essa manifestação popular surgiu através da união de elementos das culturas européia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas, nas variações regionais dessa experiência. Existem festas similares em Portugal (Boi de Canastra) e no Daomé (Burrinha).
Sempre presente em festas de manifestação folclórico cultural como forma de preservação da cultura, esse personagem recebe várias denominações conforme a localidade onde é apresentado. No Piauí no Maranhão e em Minas Gerais, chama-se Bumba-meu-boi; na Amazônia, Boi-bumbá; em Santa Catarina, Boi-de-mamão; no Recife, Boi-calemba; no Estado do Rio de Janeiro, Folguedo-do-boi.
O enredo da dança do boi é o seguinte: uma mulher chamada Mãe Catirina, que está grávida, sente vontade de comer língua de boi. O marido, Pai Francisco, resolve atender ao desejo da mulher e mata o primeiro boi que encontra. Logo depois, o dono do boi, que era o patrão de Pai Francisco, aparece e fica muito zangado ao ver o animal morto. Para consertar a situação, surge um curandeiro, que consegue ressuscitar o boi. Nesse momento, todos se alegram e começam a brincar.
Os participantes do bumba-meu-boi dançam e tocam instrumentos enquanto as pessoas que assistem se divertem quando o boi ameaça correr atrás de alguém. O boi do espetáculo é feito de papelão, papel marchê ou madeira e recoberto com uma saia colorida, bordada com adereços vários. Dentro da carcaça, alguém faz os movimentos do boi, vestido com um figurino apropriado para o boiadeiro.
O Bumba meu Boi é um personagem histórico sempre presente em eventos do CECAB, tais como: Festa da Criança Pasárgada, Oficinas de Férias, Projetos da Cultura Afro-brasileira, Projetos Pedagógicos, apresentação em escolas da região e eventos afins.
Leia o texto completo de “Bumba meu Boi”