Dinâmica básica da capoeira Angola que pressupôe no jogo de perguntas e respostas corporais os códigos necessários para a experiência de auto conhecimento e iniciação dentro dos moldes da Capoeira de Origem. O diálogo de corpos se desenvolve com rituais próprios que asseguram a dinâmica das energias presentes no cenário da roda e a sintonia com a cadência do jogo ditados pelo Berimbau Gunga e que deve ser obedecida por todos. Diferentemente da Capoeira Regional que permite movimentos individuais e de performance física, na capoeira angola todos os movimentos devem alcançar o adversário na forma de uma pergunta para a qual ele deve dar respostas corporais sustentando o teatro vivo da roda. Nas palavras do Mestre: “Na roda de capoeira nunca dei um golpe em vão”.
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Ritual iniciático dentro da capoeira que consiste em um encontro de aprendizes com mestres e contramestres. O aprendiz deve mostrar as habilidades adquiridas resistindo à superioridade do desafiante porém mantendo o respeito hierárquico. Simbolicamente protegidos por um padrinho de sexo oposto, convidado pelo batizando, o ritual termina com o domínio explicito do mestre sobre o iniciando com uma rasteira ou movimento de predominância ou em uma mera troca de gentilezas e cavalheirismos.
Este ritual é mais comum nas praticas de Capoeira Regional, na Capoeira Angola a graduação é definida pela observação singular do discípulo pelo mestre.
Na Lenço de Seda CECAB, especialmente nos núcleos afiliados no exterior a tradição do batizado é mantida como forma de mobilização, festejo e congraçamento.
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