É um brinquedo universal da Grécia e de Roma consta de duas hastes de madeira, cada uma com um pedaço de tábua como se fosse um degrau. Com os pés apoiados nos degraus das hastes e as mãos segurando a parte superior da perna-de-pau, equilibradas, as crianças andam.
Foi utilizada no passado em rituais africanos e entre os índios brasileiros compunha os quatro jogos de brinquedos existentes na tribo Kamairurás e hoje ainda é utilizada nas brincadeiras infantis, na arte circense e por grupos de teatros principalmente de rua.
A perna-de-pau como pipa, peteca, bola de queimada e outros objetos de brinquedo podem ser construídos pelo próprio brincante, numa perspectiva de que a construção do conhecimento também perpassa pelo resgate de brinquedos acessíveis como garantia da manutenção e valorização de tradições, que fazem parte da cultura brasileira.
A criança se percebe sujeito da sua história, quando exercita o fazer o que promove o despertar da memória e a organização dos procedimentos. Ela cria, vê o resultado, avalia o que faz e sente-se potente ao concretizar seu propósito, o que eleva sua auto-estima.
A perna-de-pau utilizada no processo de formação da criança seja físico ou cognitivo é um elemento que contribui para o desenvolvimento motor e psico-social do brincante e ainda promove o equilíbrio exigindo movimentos de deslocamento do corpo no espaço, demandando segurança, destreza, e domínio de conceitos matemáticos e físicos .
Brincar é uma necessidade e um direito da infância. Através das brincadeiras a criança exercita a sua imaginação e memória, organiza comportamentos, estabelece regras de convivência e socializa aprendizados de sua cultura.
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