Associação de capoeira Lenço de Seda promoveu em sua sede o Encontro com os antigos Capoeiras 2003 um dos momentos da Festa de Aniversario dos 25 anos do Lenço de Seda
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Lançamento do Cd de Antologias de Ladainhas da Associação de Capoeira Lenço de Seda na sede Instituição Centro Acesita Timóteo. Na foto abertura do evento pelo Mestre Reginaldo veio, presenças do mestre Gildo do Alfinete Mestre Bola Sete
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Oficina de toques de Instrumentos na sede da Associação de Capoeira Lenço de Seda do projeto municipal em bom estar na escola da cidade de timóteo
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Em uma primeira aproximação, a conexão capoeira-educação parece um tanto inusitada, pois, a capoeiragem possui uma forma de organização muito diferente da lógica escolar: enquanto na sala de aula os espaços são lineares, com lugares demarcados, na capoeira há circularidade, flexibilidade temporal e espacial. Se na sala de aula a ordem é o silêncio, a capoeira implica em som, ritmo, movimento. Enquanto a organização escolar pressupõe processos individuais, em que cada um é responsabilizado por seu sucesso ou fracasso, a capoeira se efetiva de forma eminentemente coletiva, articulando universos da dança, música, ancestralidade, espiritualidade, corporalidade e síntese.
Enfim, no encontro entre educação e capoeira, é fundamental considerar que a capoeiragem introduz no espaço escolar diferenças substanciais nas formas de relações e de produção de saberes, com emergência de maior movimento, ludicidade e liberdade. Nas palavras de mestre Reginaldo, a capoeira é uma escola, que contém inumeráveis elementos potencializadores do desenvolvimento e da evolução daqueles que a pratica. No encontro com a educação essa potencia se amplia.
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Na experiência da Lenço de Seda, a conexão com a escola efetiva-se desde 1984. A articulação entre capoeira e educação oferece ganhos inestimáveis para o desenvolvimento evolutivo de quem a pratica. Porém, é importante por parte dos educadores, cuidado e atenção. Mestre Reginaldo aponta o perigo de uma “pedagogização” da capoeira. Dito de outro modo, uma prática que enquadre a capoeiragem conforme o tempo e a dinâmica escolar, com objetivo de utilizá-la somente “como instrumento de socialização, como instrumento de lazer, como mecanismo para queimar a energia dos meninos mais agressivos” (Mestre Reginaldo Véio).
Destacamos que a capoeira, especialmente a Angola, introduz no espaço escolar diferenças metodológicas nas formas de relações e de produção de saberes, com emergência de maior movimento, ludicidade e liberdade, em uma prática eminentemente corporal e coletiva. ( Fonte: Capoeira: movimento e malícia em jogos de poder e resistência.)
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Coronel Fabriciano é um município brasileiro da Zona Metalúrgica, Mesoregião do Vale do Aço, no Estado de Minas Gerais e fica a 198 km de Belo Horizonte. Com aproximadamente 102.588 habitantes em 2004 (IBGE), com uma renda per capita de R$ 3.031,00, possui uma população típica, rica em folclore e produção artesanal. É uma cidade atraente, dinâmica e hospitaleira. A área total do município é de 221,049 km².
O CECAB desenvolve na cidade de Coronel Fabriciano, em parceria com escolas e instituições públicas ou diretamente articulado com a comunidade, ações e projetos pedagógico-culturais que envolvem capoeira, danças, brincadeiras do folclore popular, cultura afro-brasileirra, e outros. Dentre os projetos detacamos o Projeto Arte Sempre desenvolvido junto à secretaria Municipal de Educação.
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Obra do autor Mano Lima em Segunda Edição e que reúne mais de 1400 verbetes se constituindo em importante contribuição para a compreensão do legado léxico e semântico da arte da capoeira,
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Primeira Academia de Capoeira do Vale do Aço, Conduzida por Mestre Reginaldo Véio a partir de 1977 que iniciou suas atividades nas dependências da Escola Lúcia Casassanta em Timóteo e que deu origem à Associação de Capoeira Lenço de Seda com suas afiliadas.
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O Saci, ou Saci-pererê, é um personagem bastante conhecido da mitologia brasileira, que teve sua origem presumida entre os indígenas da região de Missões, no Sul do país. A mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também a cultura africana do pito, uma espécie de cachimbo e da mitologia européia, herdou o pileo, um gorrinho vermelho.
Considerado uma figura brincalhona, que diverte-se com os animais e pessoas, criando dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assobios, o mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII. O saci não tem amigos, vivendo solitário nas matas.
Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos.
Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformarão em mais uma vítima de suas travessuras.
Através da preservação da cultura oral esse mito vai se perpetuando e é um personagem muito lembrado na literatura, na televisão e nas histórias em quadrinhos.
Com a transposição dos textos de Lobato para a Televisão, o Saci deixou o imaginário para ser personificado numa figura de carne e osso no Sítio do Pica Pau Amarelo e também nos eventos culturais realizado pela Associação de Capoeira Lenço de Seda/CECAB.
No dia 31 de outubro comemora-se o Dia do Saci.
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A Escola Estadual “Capitão Egídio Lima” é uma escola que tem vivenciado experiências inovadoras, inclusive no processo de condução das decisões da escola que tem se pautado pelo caráter democrático, levando a um maior amadurecimento do seu corpo de docente.
Há 24 anos, vem desenvolvendo Projetos voltados para a Cultura Afro-Brasileira, sempre com ênfase na Capoeira de Angola em parceria com a Associação de Capoeira “Lenço de Seda/CECAB.
O Projeto Sim às Diferenças procura viabilizar os conhecimentos da Cultura Afro-Brasileira e Africana proporcionando ao educando um saber plural, contribuindo para a transformação de atitudes como a aceitação da cor que cada um carrega consigo e a valorização da história que nos foi legada.
Foi elaborado com o propósito de experienciar outras formas do fazer, sem perder o objetivo da formação integral do aluno e aluna do Ensino Fundamental, atrelando aos conteúdos específicos ações prazerosas e desafiantes.
A Escola Estadual Capitão Egídio Lima, sintonizada com o contexto sócio-político e cultural, tem desenvolvido suas ações de forma ousada, procurando fazer com que o processo de ensino-aprendizagem não seja estático, mas renovador e em constante evolução.
O Projeto Sim às Diferenças contextualiza os conteúdos curriculares num processo de envolvimento coletivo e participação efetiva do educando na construção do conhecimento formal, considerando os alunos e alunas do Ensino Fundamental sujeitos de direito, exercendo o direito de aprender e de ampliar seus conhecimentos.
O propósito é fazer com que os alunos compreendam as relações sociais étnico-raciais de que participam tornando-se capazes de continuar, de reconstruir, de aprofundar estudos e práticas em diferentes níveis de formação. Visa ainda promover uma alteração positiva junto aos educandos do Ensino Fundamental aos perversos efeitos de séculos de preconceito e discriminação.
Através da parceria com a Associação de Capoeira Lenço de Seda/CECAB o foco do projeto é a Arte-Educação, através das aulas de Capoeira Angola e Danças Afro, buscando articulações com o estudo da Arte e da História do Brasil, preconizando a valorização das tradições culturais locais, num processo de atualização e adaptação às necessidades da comunidade. Assim, em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais e com os conteúdos formais do Ensino fundamental, procura dialogar com as disciplinas e os componentes curriculares propostos, conforme preconiza a Lei 10.639.
O Projeto tem um formato que procura atender a todas as turmas da escola. Além das aulas de Capoeira Angola e Dança Afro, o currículo oferece oficinas semanais organizadas da seguinte forma: Culinária, História, Literatura e Artes.
Na Culinária: Pesquisa sobre a culinária afro-brasileira.
Oportuniza aos alunos e alunas momentos de confecção de pratos como feijoada, aluá, inhame com peixe, cuscuz, fubá suado, broa, etc. As receitas pesquisadas se integram ao cardápio da merenda escolar no dia da Oficina.
Na História: Realização de pesquisas e estudos sobre o percurso realizado para a chegada do negro no Brasil. Como os negros eram “distribuídos” após a comercialização nos mercados, as etnias e seus hábitos; Estudo das cores que representam a cultura afro.
Artesanato: Confecção de adereços próprios da Cultura Afro-Brasileira, fabrico de berimbau, pandeiros e xiquexique.
Na Literatura: Leitura coletiva e individual de livros voltados para a Cultura Afro-Brasileira Oportunidade para estabelecer um diálogo entre alunos e alunas sobre a discriminação sempre sensibilizando para a aceitação e convívio com a alteridade. Leitura de poesias de vários escritores que se dedicaram a escrever sobre a vida do negro no Brasil. .Castro Alves, Solano Trindade e outros.
Nas Artes:
Estudo das obras do Carybé, um artista singular desenhava como ninguém os movimentos da Capoeira e o cotidiano do povo brasileiro, especificamente do negro Além de Carybé, estudo das obras de Lasar Segall, Debret, Rugendas e Tarsila do Amaral.
O Projeto “Angola a Dois”
O projeto “Angola a Dois integra-se ao Projeto “Sim às Diferenças” E foi proposto por Mestre Reginaldo Veio. Consiste na realização de oficinas de Capoeira Angola e Dança Afro-Brasileira com participação espontânea dos alunos. Além das aulas, uma vez por semana, vivenciamos um momento coletivo na quadra da escola para ouvirmos Mestre Reginaldo Veio contando histórias do negro no Brasil, lendas Africanas, canto de Ladainhas, corridos e cantigas de Roda, , além de aulas de Maculelê, Samba Reggae e a Ginga da Capoeira.
Depoimentos:
“Esse projeto é uma oportunidade única para refletir sobre as raízes do povo brasileiro, principalmente sobre a raça negra historicamente inferiorizada pela sociedade. Despir-me de preconceitos inconscientemente enraizados é um processo de crescimento pessoal. Diante disso, creio que cresci como ser humano diante dos questionamentos, das constatações feitas no cotidiano da escola. O preconceito racial é muito comum na sociedade brasileira, porém de forma sutil e velada, vemos nesse preconceito e outros mais serem discutidos diariamente em programas de televisão e de rádio, em colunas de jornais e revistas; e passam, até em livros didáticos que enfatizam e ditam como modelo de beleza e sucesso as pessoas de pele branca e olhos claros. O Brasil é um país mestiço, de maioria negra e, entretanto o brasileiro tem uma imagem negativa de si mesmo de sua raça. Como isso é possível?
Sendo a Escola o lugar propício a questionamento, reflexões, inquietações que geram mudança, com sua contribuição; acredito que no futuro as diferenças servirão para unir a pessoas e não desagregá-las e certamente seremos mais felizes vivendo num país mais justo, igualitário, orgulhoso de suas cores e gentes.”
(Professora da Turma Verde – Matutino – 2006)
“Eu aprendi muita coisa do projeto afro-brasileiro. Que não devemos discriminar os negros porque o jeito que o branco é, o negro é também. Modo de sentir, falar agir são iguais, só muda é a cor da pele.”
(Aluna da Turma Lilás – Matutino – 2006)
“Na tentativa de encontrar alternativas para solucionar os desafios pedagógicos, humanos e sociais emergidos do cotidiano escolar, a escola abraçou o Projeto da Professora Maria Luíza Flor Pereira que estava obtendo excelentes resultados em sua turma e o ampliou incluindo diferentes formas de não discriminação dizendo “Sim às Diferenças”.
Buscamos no trabalho com a diversidade melhoria do nível pedagógico da escola, das relações interpessoais, diminuição da agressividade, do preconceito e ampliação da competência do trabalho coletivo na escola.
A história da Escola Estadual “Capitão Egídio Lima” hoje se divide em duas fases distintas; antes do projeto onde predominava o trabalho individual e o conflito de relações e hoje onde as diferenças e preconceitos são tratados de forma aberta e amadurecida. Como saldo colhemos a cultura valorizada a predominância do diálogo em nível pedagógico, social e humano e consequentemente a melhoria em todos os níveis da escola.”
(Diretora Sônia Melo)
ENSINAR É A ARTE DE FAZER JUNTO
JUNTOS NA BUSCA
NO APRENDIZADO
NOS DESAFIOS
SER UM APRENDIZ
AO LADO
NA CONSTRUÇAO DO SABER
NA CAMINHADA COLETIVA
SEMPRE
Luíza Flor
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