Projeto Cultural desenvolvido pela Associação de Capoeira Lenço de Seda que objetivou promover o resgate das raízes da capoeira. Foi desenvolvido a partir de novembro 1995 quando a Associação fez uma opção metodológica e filosófica em direção à Capoeira Angola, a Capoeira Mãe, e seu encerramento se deu em dezembro de 1999 com um grande evento apresentação de pesquisas, debates, painéis e palestras no “I Congresso Regional a Cultura Afro Brasileira no Terceiro Milênio”. Mestre Gildo Alfinete, Mestre Moa do Katendê além da pesquisadora Karla Leal Luz, mestres e capoeiristas da região e de Curitiba valorizaram o evento.
Leia o texto completo de “Zumbi 2000”
Dinâmica de trabalho presente nos cursos de capacitação formação e dinâmicas de relações humanas promovidos pelo CECAB com professores, agentes culturais, e grupos terapêuticos e de centramento holístico. Nos grupos terapêuticos técnicas de respiração, exercícios bioenergéticos, de bio dança e de capoeira somam recursos com meditação, hiperventilação e revisitações ao passado para um realinhamento existencial. Os grupos terapêuticos são em geral conduzidos pela Síntese, clinica de medicinas alternativas que desenvolve proposta terapêutica multidirecional e que se constituiu ao aongo do tempo no braço naturalista da Sociedade Cultural Pasárgada, hoje CECAB.
Leia o texto completo de “Workshop”
Programa de trabalho desenvolvido pela Sociedade Cultural Pasárgada, hoje CECAB que a partir de uma visão holística propõe vivencias, exercícios individuais e coletivos, práticas de consciência e sensibilização corporal visando centrar o individuo em sua trajetória de percurso evolutivo. Busca tornar consciente e apto o individuo para assumir seu epicentro existencial e a construção de sua própria história, vencendo traumas, limites de formação educacional e de natureza cultural valorizando sua identidade cultural e se identificando aos grandes arquétipos que estruturam nosso imaginário e nosso inconsciente coletivo. Ministrado para instituições ou grupos terapêuticos o programa de trabalho tem inúmeras aplicações em relações humanas e capacitação gerencial.
Leia o texto completo de “Centramento Holístico”
A Lenço de Seda CECAB participou do processo de discussão e implantação de programas de qualidade na educação realizando palestras e seminários para diretores e professores da rede estadual em superintendências de ensino com a temática “A Qualidade Total Numa Visão Holística” e ”Cinco S”. Realizou também cursos de formação e capacitação, de abordagem interdisciplinar e apresentações folclóricas em eventos de Superintendências regionais de ensino de Minas Gerais, dentre elas a de Coronel Fabriciano, Nova Era, Manhuaçu e Ponte Nova.
Leia o texto completo de “Assessoria a Superintendências Regionais de Ensino”
A Dança do Ventre foi criada sob a influência de várias culturas. Sua origem é controversa porém alguns historiadores afirmam ser uma dança grega e acreditam fazer parte de rituais religiosos. Outros consideram ser originária do Egito. No Brasil chegou através da Mestra Shahrazad e Mestra Samira Samia.
Como atividade corporal é benéfica para desenvolvimento da expressão corporal. A Dança do Ventre compõe uma das ações da Sociedade Cultural Pasárgada/CECAB em Projetos Pedagógicos a exemplo do Projeto Arte Sempre, Cursos de Formação e Workshops.
Leia o texto completo de “Dança do Ventre”
É um brinquedo universal da Grécia e de Roma consta de duas hastes de madeira, cada uma com um pedaço de tábua como se fosse um degrau. Com os pés apoiados nos degraus das hastes e as mãos segurando a parte superior da perna-de-pau, equilibradas, as crianças andam.
Foi utilizada no passado em rituais africanos e entre os índios brasileiros compunha os quatro jogos de brinquedos existentes na tribo Kamairurás e hoje ainda é utilizada nas brincadeiras infantis, na arte circense e por grupos de teatros principalmente de rua.
A perna-de-pau como pipa, peteca, bola de queimada e outros objetos de brinquedo podem ser construídos pelo próprio brincante, numa perspectiva de que a construção do conhecimento também perpassa pelo resgate de brinquedos acessíveis como garantia da manutenção e valorização de tradições, que fazem parte da cultura brasileira.
A criança se percebe sujeito da sua história, quando exercita o fazer o que promove o despertar da memória e a organização dos procedimentos. Ela cria, vê o resultado, avalia o que faz e sente-se potente ao concretizar seu propósito, o que eleva sua auto-estima.
A perna-de-pau utilizada no processo de formação da criança seja físico ou cognitivo é um elemento que contribui para o desenvolvimento motor e psico-social do brincante e ainda promove o equilíbrio exigindo movimentos de deslocamento do corpo no espaço, demandando segurança, destreza, e domínio de conceitos matemáticos e físicos .
Brincar é uma necessidade e um direito da infância. Através das brincadeiras a criança exercita a sua imaginação e memória, organiza comportamentos, estabelece regras de convivência e socializa aprendizados de sua cultura.
Leia o texto completo de “Perna-de-Pau”
Chamada de pipa, papagaio, cafifa, arraia, pandorga, pepeta, quadrado,curica ,cangula, lebreque, tokô e outros. Inventada pelos chineses utilizada por militares, como sinalizadora de tropas inimigas mais tarde passa a fazer parte das brincadeiras lúdicas das crianças chinesas confeccionadas com tecido de seda e varetas de bambu.
Chegou ao Brasil por meio dos colonizadores portugueses e chegou a ser usada no Quilombo dos Palmares como sinalizadora de perigos.
A Pipa pode ser um grande referencial para as práticas pedagógicas, pois são infinitas possibilidades no processo de construção do conhecimento, de significados de formação e de desenvolvimento de cidadania como:
* Preservação de uma prática cultural
* Conhecimentos de Física
* Conhecimentos matemáticos
* Exercício do movimento
* Atenção
* Concentração
* Imaginação
* Memória
* Tomada de decisão
* Percepção visual
* Responsabilidade
* Segurança
* Artes
* Literatura
Um objeto de prazer na infância pode ser um suporte articulado às áreas de conhecimento, com uma abordagem mutildisciplinar de ensino, com a perspectiva do desenvolvimento humano.
Leia o texto completo de “Pipa”
O Saci, ou Saci-pererê, é um personagem bastante conhecido da mitologia brasileira, que teve sua origem presumida entre os indígenas da região de Missões, no Sul do país. A mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também a cultura africana do pito, uma espécie de cachimbo e da mitologia européia, herdou o pileo, um gorrinho vermelho.
Considerado uma figura brincalhona, que diverte-se com os animais e pessoas, criando dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assobios, o mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII. O saci não tem amigos, vivendo solitário nas matas.
Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos.
Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformarão em mais uma vítima de suas travessuras.
Através da preservação da cultura oral esse mito vai se perpetuando e é um personagem muito lembrado na literatura, na televisão e nas histórias em quadrinhos.
Com a transposição dos textos de Lobato para a Televisão, o Saci deixou o imaginário para ser personificado numa figura de carne e osso no Sítio do Pica Pau Amarelo e também nos eventos culturais realizado pela Associação de Capoeira Lenço de Seda/CECAB.
No dia 31 de outubro comemora-se o Dia do Saci.
Leia o texto completo de “Saci-Pererê”
A Escola Estadual “Capitão Egídio Lima” é uma escola que tem vivenciado experiências inovadoras, inclusive no processo de condução das decisões da escola que tem se pautado pelo caráter democrático, levando a um maior amadurecimento do seu corpo de docente.
Há 24 anos, vem desenvolvendo Projetos voltados para a Cultura Afro-Brasileira, sempre com ênfase na Capoeira de Angola em parceria com a Associação de Capoeira “Lenço de Seda/CECAB.
O Projeto Sim às Diferenças procura viabilizar os conhecimentos da Cultura Afro-Brasileira e Africana proporcionando ao educando um saber plural, contribuindo para a transformação de atitudes como a aceitação da cor que cada um carrega consigo e a valorização da história que nos foi legada.
Foi elaborado com o propósito de experienciar outras formas do fazer, sem perder o objetivo da formação integral do aluno e aluna do Ensino Fundamental, atrelando aos conteúdos específicos ações prazerosas e desafiantes.
A Escola Estadual Capitão Egídio Lima, sintonizada com o contexto sócio-político e cultural, tem desenvolvido suas ações de forma ousada, procurando fazer com que o processo de ensino-aprendizagem não seja estático, mas renovador e em constante evolução.
O Projeto Sim às Diferenças contextualiza os conteúdos curriculares num processo de envolvimento coletivo e participação efetiva do educando na construção do conhecimento formal, considerando os alunos e alunas do Ensino Fundamental sujeitos de direito, exercendo o direito de aprender e de ampliar seus conhecimentos.
O propósito é fazer com que os alunos compreendam as relações sociais étnico-raciais de que participam tornando-se capazes de continuar, de reconstruir, de aprofundar estudos e práticas em diferentes níveis de formação. Visa ainda promover uma alteração positiva junto aos educandos do Ensino Fundamental aos perversos efeitos de séculos de preconceito e discriminação.
Através da parceria com a Associação de Capoeira Lenço de Seda/CECAB o foco do projeto é a Arte-Educação, através das aulas de Capoeira Angola e Danças Afro, buscando articulações com o estudo da Arte e da História do Brasil, preconizando a valorização das tradições culturais locais, num processo de atualização e adaptação às necessidades da comunidade. Assim, em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais e com os conteúdos formais do Ensino fundamental, procura dialogar com as disciplinas e os componentes curriculares propostos, conforme preconiza a Lei 10.639.
O Projeto tem um formato que procura atender a todas as turmas da escola. Além das aulas de Capoeira Angola e Dança Afro, o currículo oferece oficinas semanais organizadas da seguinte forma: Culinária, História, Literatura e Artes.
Na Culinária: Pesquisa sobre a culinária afro-brasileira.
Oportuniza aos alunos e alunas momentos de confecção de pratos como feijoada, aluá, inhame com peixe, cuscuz, fubá suado, broa, etc. As receitas pesquisadas se integram ao cardápio da merenda escolar no dia da Oficina.
Na História: Realização de pesquisas e estudos sobre o percurso realizado para a chegada do negro no Brasil. Como os negros eram “distribuídos” após a comercialização nos mercados, as etnias e seus hábitos; Estudo das cores que representam a cultura afro.
Artesanato: Confecção de adereços próprios da Cultura Afro-Brasileira, fabrico de berimbau, pandeiros e xiquexique.
Na Literatura: Leitura coletiva e individual de livros voltados para a Cultura Afro-Brasileira Oportunidade para estabelecer um diálogo entre alunos e alunas sobre a discriminação sempre sensibilizando para a aceitação e convívio com a alteridade. Leitura de poesias de vários escritores que se dedicaram a escrever sobre a vida do negro no Brasil. .Castro Alves, Solano Trindade e outros.
Nas Artes:
Estudo das obras do Carybé, um artista singular desenhava como ninguém os movimentos da Capoeira e o cotidiano do povo brasileiro, especificamente do negro Além de Carybé, estudo das obras de Lasar Segall, Debret, Rugendas e Tarsila do Amaral.
O Projeto “Angola a Dois”
O projeto “Angola a Dois integra-se ao Projeto “Sim às Diferenças” E foi proposto por Mestre Reginaldo Veio. Consiste na realização de oficinas de Capoeira Angola e Dança Afro-Brasileira com participação espontânea dos alunos. Além das aulas, uma vez por semana, vivenciamos um momento coletivo na quadra da escola para ouvirmos Mestre Reginaldo Veio contando histórias do negro no Brasil, lendas Africanas, canto de Ladainhas, corridos e cantigas de Roda, , além de aulas de Maculelê, Samba Reggae e a Ginga da Capoeira.
Depoimentos:
“Esse projeto é uma oportunidade única para refletir sobre as raízes do povo brasileiro, principalmente sobre a raça negra historicamente inferiorizada pela sociedade. Despir-me de preconceitos inconscientemente enraizados é um processo de crescimento pessoal. Diante disso, creio que cresci como ser humano diante dos questionamentos, das constatações feitas no cotidiano da escola. O preconceito racial é muito comum na sociedade brasileira, porém de forma sutil e velada, vemos nesse preconceito e outros mais serem discutidos diariamente em programas de televisão e de rádio, em colunas de jornais e revistas; e passam, até em livros didáticos que enfatizam e ditam como modelo de beleza e sucesso as pessoas de pele branca e olhos claros. O Brasil é um país mestiço, de maioria negra e, entretanto o brasileiro tem uma imagem negativa de si mesmo de sua raça. Como isso é possível?
Sendo a Escola o lugar propício a questionamento, reflexões, inquietações que geram mudança, com sua contribuição; acredito que no futuro as diferenças servirão para unir a pessoas e não desagregá-las e certamente seremos mais felizes vivendo num país mais justo, igualitário, orgulhoso de suas cores e gentes.”
(Professora da Turma Verde – Matutino – 2006)
“Eu aprendi muita coisa do projeto afro-brasileiro. Que não devemos discriminar os negros porque o jeito que o branco é, o negro é também. Modo de sentir, falar agir são iguais, só muda é a cor da pele.”
(Aluna da Turma Lilás – Matutino – 2006)
“Na tentativa de encontrar alternativas para solucionar os desafios pedagógicos, humanos e sociais emergidos do cotidiano escolar, a escola abraçou o Projeto da Professora Maria Luíza Flor Pereira que estava obtendo excelentes resultados em sua turma e o ampliou incluindo diferentes formas de não discriminação dizendo “Sim às Diferenças”.
Buscamos no trabalho com a diversidade melhoria do nível pedagógico da escola, das relações interpessoais, diminuição da agressividade, do preconceito e ampliação da competência do trabalho coletivo na escola.
A história da Escola Estadual “Capitão Egídio Lima” hoje se divide em duas fases distintas; antes do projeto onde predominava o trabalho individual e o conflito de relações e hoje onde as diferenças e preconceitos são tratados de forma aberta e amadurecida. Como saldo colhemos a cultura valorizada a predominância do diálogo em nível pedagógico, social e humano e consequentemente a melhoria em todos os níveis da escola.”
(Diretora Sônia Melo)
ENSINAR É A ARTE DE FAZER JUNTO
JUNTOS NA BUSCA
NO APRENDIZADO
NOS DESAFIOS
SER UM APRENDIZ
AO LADO
NA CONSTRUÇAO DO SABER
NA CAMINHADA COLETIVA
SEMPRE
Luíza Flor
Leia o texto completo de “Sim às Diferenças”
Essa brincadeira veio da Europa trazida pelos colonizadores portugueses. Até hoje é muito comum entre as crianças brasileiras, como forma de preservação da cultura e do folclore.
Como brincar: JOGADORES: 3 ou mais crianças.
LOCAL: ao ar livre.
INSTRUÇÕES: Sortear uma das crianças para ser a cabra-cega. As demais crianças devem formar um círculo com as mãos dadas. A criança que será a cabra-cega deve ficar dentro do círculo com os olhos vendados. O jogo começa com todas as crianças perguntando à cabra-cega. Cabra-cega de onde vieste? Do moinho de vento. Que trouxeste? Fubá e melaço. Dá-nos um pouquinho? Não. Então afasta-te. Nesse momento todos devem soltar as mãos e espalhar-se fugindo da Cabra-Cega. Devem desafiar a Cabra-Cega sem tocá-la.
A Cabra-Cega ouvindo os desafios deve tentar tocar um dos participantes. Quando conseguir, aquele que foi tocado se tornará a Cabra-Cega e começa tudo de novo. Essa brincadeira sempre foi muito concorrida na Festa da Criança/Pasárgada/CECAB.
Leia o texto completo de “Cabra Cega”