Arquivos: Teatro e Espetáculos

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Teatro da Zaíra

Zaira é personagem marcante na vida de Timóteo: educadora, escritora e poetisa, pertence a uma das famílias pioneiras da cidade.

O Grupo de Teatro da Zaíra foi parceiro do CECAB – Lenço de Seda. Ao longo da história, participou de diferentes manifestações culturais e comunitárias fazendo das ruas da cidade um palco onde a performance teatral ganhava vida como expressão de sensibilização estética, alegria, criação coletiva com dimensão política.

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Carnaval

O carnaval brasileiro é uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo que, no Brasil, foi combinado com as festas carnavalescas européias, onde as pessoas usavam máscaras e fantasias, em desfiles urbanos. Hoje o carnaval brasileiro tem várias formas de expressão como os desfiles de bonecões no nordeste, os blocos e as expressões afro-brasileiras na Bahia, as escolas de samba, do Rio de Janeiro e São Paulo.

A primeira escola de samba brasileira surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. A História do Carnaval no CECAB - Lenço de Seda, se articula á história do Carnaval brasileiro, pois o Bloco Caricato “Dexeu Falá” tem esse nome em homenagem à primeira escola de samba do Brasil. As manifestações carnavalescas do CECAB envolvem processos de criação coletiva e articulam expressões multifacetadas: samba enredo e alegorias - tal como as escolas de samba; máscaras e bonecões - similares aos presentes no nordeste; samba reggae e coreografias de danças afro-brasileiras.

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Semana do Folclore

Tradição da Lenço de Seda CECAB, a semana do folclore é um momento especial nas estratégias pedagógicas quando a agenda escolar em agosto se volta para nossas praticas culturais tradicionais. Oficinas, Festival de Pipas e Papagaios, Rodas de Capoeira, Samba Reggae, Maculelê, Samba de Roda, Puxada de Rede, Dança do Boi, Dança Afro acontecem durante o período escolar e no dia do Folclore, em praça pública ou na sede da associação. Nas escolas é momento privilegiado para as práticas preconizadas pela lei 10.639.

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Timóteo Pensa a Educação Popular

Seminário realizado em Timóteo no ano de 1985 que reuniu educadores de várias cidades de minas dicutindo a educação de jovens e adultos e problematizando a educação formal a partir do pensamento de Paulo Freire e outros educadores. A Lenço de Seda CECAB participou como parceiro e organizador do evento e realizando apresentações com alunos da Escola Estadual Capitão Egidio Lima, primeira parceria pedagógico cultural estabelecida no Vale do Aço.

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Timóteo Pensa e Festeja a Criança

Semana da Criança de 1990, evento realizado pela Sociedade cultural Pasárgada hoje Lenço de Seda CECAB, que envolveu todas as crianças da rede pública estadual e municipal com a projeção de filmes para crianças, realização de mesas redondas e painéis, oficinas com educadores e debates com meninos de rua. À época estava sendo implantado o recente Estatuto da Criança e do Adolescente.

Com a participação de educadores de diversas regiões os debates contaram com pesquisadores e pensadores que formaram mesa com crianças e agentes culturais da região do Vale do Aço.

Entre os participantes Pierre Weil, educadores da Fundação Dom Bosco e pesquisadores.

Na ocasião foi realizado evento de filiação de crianças à Associação de Capoeira Lenço de Seda.

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Enredo

Definição temática e ampla que precede os trabalhos carnavalescos e orienta os desdobramentos cenográficos, coreográficos e musicais, para a composição dos figurinos do samba enredo e para estruturação de um desfile de escola de samba ou de blocos. Na prática de criação coletiva desenvolvida pelo CECAB corresponde ao eixo temático em torno do qual se revela o desejo inconsciente e se formata e se constrói, na catarse, a dinâmica das energias coletivas para uma dada ação ou realização de um evento.

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Al Balletto Scuola di Danza Professionale

Escola de Dança da Cidade de Alba na Itália, Piemonte, que promoveu o encontro internacional de dança: “Cultura ed Educazione in Movimento” com a presença de Mestre Reginaldo Véio, responsável pelo desenvolvimento de “Stages de Capoeira”. O evento contou ainda com “Stage di Danza Latino Americana” “Stage de Danza Clássica” e “Stage de Tango Argentino”.

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Batizado de Capoeira

Ritual iniciático dentro da capoeira que consiste em um encontro de aprendizes com mestres e contramestres. O aprendiz deve mostrar as habilidades adquiridas resistindo à superioridade do desafiante porém mantendo o respeito hierárquico. Simbolicamente protegidos por um padrinho de sexo oposto, convidado pelo batizando, o ritual termina com o domínio explicito do mestre sobre o iniciando com uma rasteira ou movimento de predominância ou em uma mera troca de gentilezas e cavalheirismos.

Este ritual é mais comum nas praticas de Capoeira Regional, na Capoeira Angola a graduação é definida pela observação singular do discípulo pelo mestre.

Na Lenço de Seda CECAB, especialmente nos núcleos afiliados no exterior a tradição do batizado é mantida como forma de mobilização, festejo e congraçamento.

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Shows e Danças

As promoções do CECAB Lenço de Seda sempre se pautaram por critérios democráticos, criando espaços para a participação coletiva e envolvimento das crianças e jovens do município.

No palco da Festa da Criança ou de outros eventos, escolas, grupos de danças, academias, bandas, cantores e grupos folclóricos ocupam o cenário com suas criações e conquistas.

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Sim às Diferenças

A Escola Estadual “Capitão Egídio Lima” é uma escola que tem vivenciado experiências inovadoras, inclusive no processo de condução das decisões da escola que tem se pautado pelo caráter democrático, levando a um maior amadurecimento do seu corpo de docente.

Há 24 anos, vem desenvolvendo Projetos voltados para a Cultura Afro-Brasileira, sempre com ênfase na Capoeira de Angola em parceria com a Associação de Capoeira “Lenço de Seda/CECAB.

O Projeto Sim às Diferenças procura viabilizar os conhecimentos da Cultura Afro-Brasileira e Africana proporcionando ao educando um saber plural, contribuindo para a transformação de atitudes como a aceitação da cor que cada um carrega consigo e a valorização da história que nos foi legada.

Foi elaborado com o propósito de experienciar outras formas do fazer, sem perder o objetivo da formação integral do aluno e aluna do Ensino Fundamental, atrelando aos conteúdos específicos ações prazerosas e desafiantes.

A Escola Estadual Capitão Egídio Lima, sintonizada com o contexto sócio-político e cultural, tem desenvolvido suas ações de forma ousada, procurando fazer com que o processo de ensino-aprendizagem não seja estático, mas renovador e em constante evolução.

O Projeto Sim às Diferenças contextualiza os conteúdos curriculares num processo de envolvimento coletivo e participação efetiva do educando na construção do conhecimento formal, considerando os alunos e alunas do Ensino Fundamental sujeitos de direito, exercendo o direito de aprender e de ampliar seus conhecimentos.

O propósito é fazer com que os alunos compreendam as relações sociais étnico-raciais de que participam tornando-se capazes de continuar, de reconstruir, de aprofundar estudos e práticas em diferentes níveis de formação. Visa ainda promover uma alteração positiva junto aos educandos do Ensino Fundamental aos perversos efeitos de séculos de preconceito e discriminação.

Através da parceria com a Associação de Capoeira Lenço de Seda/CECAB o foco do projeto é a Arte-Educação, através das aulas de Capoeira Angola e Danças Afro, buscando articulações com o estudo da Arte e da História do Brasil, preconizando a valorização das tradições culturais locais, num processo de atualização e adaptação às necessidades da comunidade. Assim, em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais e com os conteúdos formais do Ensino fundamental, procura dialogar com as disciplinas e os componentes curriculares propostos, conforme preconiza a Lei 10.639.

O Projeto tem um formato que procura atender a todas as turmas da escola. Além das aulas de Capoeira Angola e Dança Afro, o currículo oferece oficinas semanais organizadas da seguinte forma: Culinária, História, Literatura e Artes.

Na Culinária: Pesquisa sobre a culinária afro-brasileira.

Oportuniza aos alunos e alunas momentos de confecção de pratos como feijoada, aluá, inhame com peixe, cuscuz, fubá suado, broa, etc. As receitas pesquisadas se integram ao cardápio da merenda escolar no dia da Oficina.

Na História: Realização de pesquisas e estudos sobre o percurso realizado para a chegada do negro no Brasil. Como os negros eram “distribuídos” após a comercialização nos mercados, as etnias e seus hábitos; Estudo das cores que representam a cultura afro.

Artesanato: Confecção de adereços próprios da Cultura Afro-Brasileira, fabrico de berimbau, pandeiros e xiquexique.

Na Literatura: Leitura coletiva e individual de livros voltados para a Cultura Afro-Brasileira Oportunidade para estabelecer um diálogo entre alunos e alunas sobre a discriminação sempre sensibilizando para a aceitação e convívio com a alteridade. Leitura de poesias de vários escritores que se dedicaram a escrever sobre a vida do negro no Brasil. .Castro Alves, Solano Trindade e outros.

Nas Artes:

Estudo das obras do Carybé, um artista singular desenhava como ninguém os movimentos da Capoeira e o cotidiano do povo brasileiro, especificamente do negro Além de Carybé, estudo das obras de Lasar Segall, Debret, Rugendas e Tarsila do Amaral.

O Projeto “Angola a Dois”

O projeto “Angola a Dois integra-se ao Projeto “Sim às Diferenças” E foi proposto por Mestre Reginaldo Veio. Consiste na realização de oficinas de Capoeira Angola e Dança Afro-Brasileira com participação espontânea dos alunos. Além das aulas, uma vez por semana, vivenciamos um momento coletivo na quadra da escola para ouvirmos Mestre Reginaldo Veio contando histórias do negro no Brasil, lendas Africanas, canto de Ladainhas, corridos e cantigas de Roda, , além de aulas de Maculelê, Samba Reggae e a Ginga da Capoeira.

Depoimentos:

“Esse projeto é uma oportunidade única para refletir sobre as raízes do povo brasileiro, principalmente sobre a raça negra historicamente inferiorizada pela sociedade. Despir-me de preconceitos inconscientemente enraizados é um processo de crescimento pessoal. Diante disso, creio que cresci como ser humano diante dos questionamentos, das constatações feitas no cotidiano da escola. O preconceito racial é muito comum na sociedade brasileira, porém de forma sutil e velada, vemos nesse preconceito e outros mais serem discutidos diariamente em programas de televisão e de rádio, em colunas de jornais e revistas; e passam, até em livros didáticos que enfatizam e ditam como modelo de beleza e sucesso as pessoas de pele branca e olhos claros. O Brasil é um país mestiço, de maioria negra e, entretanto o brasileiro tem uma imagem negativa de si mesmo de sua raça. Como isso é possível?

Sendo a Escola o lugar propício a questionamento, reflexões, inquietações que geram mudança, com sua contribuição; acredito que no futuro as diferenças servirão para unir a pessoas e não desagregá-las e certamente seremos mais felizes vivendo num país mais justo, igualitário, orgulhoso de suas cores e gentes.”

(Professora da Turma Verde – Matutino – 2006)

“Eu aprendi muita coisa do projeto afro-brasileiro. Que não devemos discriminar os negros porque o jeito que o branco é, o negro é também. Modo de sentir, falar agir são iguais, só muda é a cor da pele.”

(Aluna da Turma Lilás – Matutino – 2006)

“Na tentativa de encontrar alternativas para solucionar os desafios pedagógicos, humanos e sociais emergidos do cotidiano escolar, a escola abraçou o Projeto da Professora Maria Luíza Flor Pereira que estava obtendo excelentes resultados em sua turma e o ampliou incluindo diferentes formas de não discriminação dizendo “Sim às Diferenças”.

Buscamos no trabalho com a diversidade melhoria do nível pedagógico da escola, das relações interpessoais, diminuição da agressividade, do preconceito e ampliação da competência do trabalho coletivo na escola.

A história da Escola Estadual “Capitão Egídio Lima” hoje se divide em duas fases distintas; antes do projeto onde predominava o trabalho individual e o conflito de relações e hoje onde as diferenças e preconceitos são tratados de forma aberta e amadurecida. Como saldo colhemos a cultura valorizada a predominância do diálogo em nível pedagógico, social e humano e consequentemente a melhoria em todos os níveis da escola.”

(Diretora Sônia Melo)

ENSINAR É A ARTE DE FAZER JUNTO

JUNTOS NA BUSCA

NO APRENDIZADO

NOS DESAFIOS

SER UM APRENDIZ

AO LADO

NA CONSTRUÇAO DO SABER

NA CAMINHADA COLETIVA

SEMPRE

Luíza Flor

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